
Fico, contudo, satisfeito por ver hoje que muitos patrícios meus têm feito o mesmo em prol do progresso da nossa querida ilha, o que é bom sinal, pois quanto mais alto for o grito de revolta melhor ainda, até sermos ouvidos por quem tem nas mãos a responsabilidade pelo desenvolvimento do país.
A propósito, comentava há dias com um conterrâneo meu sobre a tão propagandeada fábrica de cimento que nunca mais sai do papel. Já se sabe que o governo tenciona, pelo menos teoricamente, instalar a fábrica de cimento em Pedra Badejo com a matéria-prima proveniente do Maio. O meu amigo tal como eu somos contra. Afinal não faz sentido ter a matéria-prima num sítio e instalar a fábrica noutro. O argumento que tem chegado aos meus ouvidos é de que uma cimenteira no Maio pode trazer consequências desastrosas para o meio ambiente local, levando em consideração que se pretende transformar a ilha num dos destinos turísticos privilegiados do país, aliás tal como se fez no Sal e agora na Boa Vista. Como é óbvio, este argumento não convence ninguém caso tal venha a ser a posição definitiva do governo.
Alguém escreveu algures por aí que se está a fazer a transferência de fábrica do Maio para Pedra Badejo o que também é errado, porque não se pode transferir o que ainda não existe. Seja como for devemos é estar atentos a todas e quaisquer movimentações nesse sentido. Nós, os maienses, não podemos consentir que nos seja subtraído uma dádiva de deus a pretexto de um grande desenvolvimento turístico que mal conhecemos os contornos.
Uma infraestrutura de cimenteira no Maio poderá abrir novas perspectivas para o desenvolvimento da ilha e também para todo Cabo Verde. Afinal estamos a falar de uma matéria-prima insubstituível no mercado de construção civil.
Fala-se muito no estudo do impacto ambiental ou a ausência deste. Desconhecemos por ora quaisquer estudos que indicam para um dos sentidos: o que admite ou rejeita a instalação de uma cimenteira na ilha. Contudo, devemos aguardar para ver o que nos reserva esse tal estudo. Cá por mim não acredito num desfecho desfavorável às aspirações dos maienses. Com tanta tecnologia que hoje se conhece há de haver uma que permita construir uma fábrica de cimento numa ilha com características semelhantes as do Maio e que não ponha em causa o seu ecossistema.
[...]
Excelente Tony Ramos,e Parabens pelo blog
ResponderEliminarnao deves parar, existe muita coisa ainda a ser discutida a cerca dos tópicos exposto acima.
Um abraço,
e viva o Maio a ilha do futuro breve!
Calú Ramos
Muito bom mesmo
ResponderEliminarExcelente
ResponderEliminarEsse artigo é interessante, mas muita coisa a gente vai acrescentar ainda...
ResponderEliminarRicardino Rocha
www.ricardinorocha.blogspot.com
Antes de mais parabéns pelo artigo e pelo blogue. Como maense fico muito contente e orgulhoso ao ver meus conterrâneos a levantar voz em defesa da nossa ilha e do nosso povo. Eu sou colaborador do blogue Voz di Djarmai (http://vozdidjarmai.blogspot.com) que foi criado exactamente para este fim: dar voz aos maenses. Força e um Abraço Maense.
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